Após eliminação, Iara reflete desempenho no Chef de Alto Nível: ‘Bati na trave várias vezes’

Logo após a eliminação, Iara foi recebida por Arthur Paek, apresentador do Papo de Alto Nível. Durante a conversa, ela confessou uma autocobrança e até se desculpou com a colega Bruna Lopes pelos momentos em que não deu atenção à amiga durante o jogo:

“Tive vários momentos em que fiquei muito brava comigo mesma. Eu tinha pratos incríveis, bati na trave várias vezes. Foi um mínimo detalhe: um molho que esqueci no fogo e queimou, um crocante que eu tinha para colocar no prato e não coloquei. Não poder entregar o melhor, aquilo me deixou muitas vezes brava”, relatou.

Iara contou a Paek que quando decidiu largar a carreira de contadora, à qual dedicou 13 anos de forma exclusiva, muitas pessoas a questionaram e chegaram a chamá-la de louca. “Não sabia decifrar o que eu queria da vida. Fui para Portugal para fazer um curso de cozinha, fui para ficar um ano e meio, dois, e já estou lá há quase 9 anos”, enfatizou.

“Foi uma transição difícil, custei muito para derrubar a barreira, me libertar e viver realmente daquilo que amo. Não estou fazendo pelo dinheiro em si, estou fazendo pela paixão e pela realização”, confessou Iara.

Em uma das provas, Iara aproveitou o tema, a mandioca, para apresentar ao Brasil um inusitado quitute de família: o pirim pom pom. A tradição da família da participante diz que esta é uma iguaria que ajuda as pessoas a se casarem. Iara não deixou a oportunidade passar e mostrou a receita para todo o país. Arthur Paek quis saber sobre a história do quitute:

“A minha avó teve 12 filhos e, naquela época, era muito difícil alimentar uma família grande assim. Minha avó criava as coisas do nada. O pirim pom pom surgiu mais ou menos assim: ela aqueceu uma panela, colocou o polvilho azedo com sal e, à medida que a panela ia ficando mais quente, só pingava água ali dentro, formando bolinhas tipo biscoito”, relatou a mineira.

Iara continuou falando sobre a avó: “Ela era supersticiosa e falava que, na minha família, para se casar, tem que comer o pirim pom pom. Quem não come, não casa.”

A mineira ainda ressaltou que a gastronomia tem um enorme poder afetivo em sua vida: “A capacidade que ela tem de te levar a lugares que você já foi, sentir o que você já sentiu um dia. E isso, para mim, é o mais lindo. Quando como um pirim pom pom, vou à casa da minha avó, com 5 ou 6 anos de idade”, enfatizou.

A pergunta sobre a vitória de um de seus três colegas que disputariam a grande final do programa deixou Iara com muita dúvida, mas ela acabou dando um palpite:

“Se for falar por merecimento, os três merecem. O Lira é uma pessoa pronta, a Arika, nem se fala, o Mamede… não vou me arriscar a dar um chute porque bati na trave. Acho que vai para a Arika”, finalizou Iara.