Hipotireoidismo: saiba se causa obesidade, o que comer e o que evitar

Hipotireoidismo: saiba se causa obesidade, o que comer e o que evitar

É comum pensar que o hipotireoidismo causa obesidade, mas isso não é comprovado, como nos contou a dra. Fernanda: “Uma pessoa com hipotiroidismo, que esteja com a sua reposição adequada para sua faixa etária, para sua fase de vida, não vai ganhar peso ou não vai deixar de perder peso por conta de ter hipotiroidismo“.

Quando o hipotireoidismo está sendo tratado adequadamente — é necessário tomar medicação em jejum, preferencialmente de manhã —, ele não pode ser considerado causa de obesidade. No entanto, é necessário ter uma alimentação adequada para o bom funcionamento da tireoide, como ressalta a endocrinologista:

Uma alimentação o menos processada possível, ou seja, a alimentação orientada pelo Guia Alimentar na População Brasileira, que inclusive é referência mundial de uma alimentação saudável e que está disponível gratuitamente na internet […] é a dieta ideal para uma pessoa preservar o bom funcionamento da sua tireoide ou ajudar a sua tireoide, que já está funcionando pouco, ir para o funcionante e se manter ali na sua função, fazendo o seu papel.

Devem ser priorizados as verduras, frutas, salada crua, legumes, carboidratos de boa qualidade, de preferência integrais, leguminosas, feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico. Devem ser evitados alimentos ultraprocessados, carnes processadas, carnes defumadas, embutidos e bebidas açucaradas. “A gente sabe que essa dieta protege, ou melhor, garante um bom funcionamento de uma forma geral para todas as pessoas, para o corpo de todas as pessoas, independentemente se ela tem uma tireoide funcionante ou não”, destaca a dra. Fernanda Braga.

Alguns micronutrientes, como o iodo e o selênio, estão relacionados à produção adequada de hormônio tiroidiano. A glândula tireoide usa o iodo para produzir a levotiroxina, o hormônio tiroidiano. “No Brasil, o sal é iodado; se a pessoa estiver usando sal e iodado, não vai ter a questão de deficiência de iodo”, explica a endocrinologista.

O selênio é necessário para o funcionamento adequado da glândula tireoide, principalmente nas pessoas que têm tireoidite de Hashimoto, que é a doença autoimune da tireoide, e que ainda tem a função da tireoide preservada. No entanto, a dra. Fernanda Braga explica que não há evidência científica para que se dose selênio no sangue para prescrever uma dieta específica da tireoide, protetora da tireoide ou para melhorar o hipotireoidismo.

O que a gente sabe é que o selênio é importante e ele deve estar presente na nossa alimentação, principalmente nessa população a com doença autoimune da tireoide. Se a gente comer duas castanhas-do-pará por dia, não precisa ser mais, a gente já garante a dose adequada de ingestão de selênio.

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