Segundo a nutricionista, o pão de forma é considerado mais ultraprocessado, especialmente nas versões industrializadas. Já o pão francês costuma ser menos processado, principalmente quando produzido em padarias artesanais. Ambos têm índice glicêmico de médio a alto, mas o pão francês, por ser mais leve e de digestão mais rápida, tende a elevar a glicemia com mais rapidez.
Por outro lado, o pão de forma pode conter mais gorduras e fibras, o que desacelera a digestão — tudo depende da composição do produto escolhido. Em relação à saciedade, o pão de forma integral costuma sustentar por mais tempo.
“O pão francês artesanal e consumido com moderação tende a ser uma opção mais natural e menos processada. O pão de forma integral caseiro, com poucos ingredientes e sem aditivos, pode ser uma boa opção quando há necessidade de mais fibras e saciedade”, afirma a nutricionista.
🥖 Tirar o miolo do pão francês torna o alimento mais saudável?
Do ponto de vista calórico, tirar o miolo do pão francês pode ser visto como uma medida positiva, já que reduz a quantidade de calorias consumidas. O miolo concentra grande parte do volume e, consequentemente, dos carboidratos do pão. Estima-se que um pão francês inteiro, com cerca de 50 gramas, tenha aproximadamente 135 calorias. Sem o miolo, esse valor pode ser reduzido em 20% a 30%, ficando entre 90 e 100 calorias.
Retirar o miolo do pão francês não faz dele uma opção mais saudável — Foto: Reprodução/Unsplash
Retirar o miolo do pão francês não faz dele uma opção mais saudável — Foto: Reprodução/Unsplash
Em relação à digestão, a menor quantidade de volume pode fazer com que ela ocorra de forma mais rápida — o que, dependendo da combinação alimentar, pode elevar os níveis de glicose mais rapidamente. No entanto, esse hábito não torna o pão necessariamente mais saudável. A qualidade do carboidrato continua a mesma: refinado e com alto índice glicêmico.
“A retirada do miolo não melhora a carga glicêmica do alimento de forma significativa”, explica Daniela Meira. Segundo ela, o que acontece é uma falsa impressão de leveza, mas o pão ainda é rapidamente digerido e absorvido pelo organismo.
Combine o pão com proteínas ou gorduras boas para reduzir o impacto glicêmico. — Foto: Reprodução/Unsplash
Combine o pão com proteínas ou gorduras boas para reduzir o impacto glicêmico. — Foto: Reprodução/Unsplash
Para pessoas com diabetes ou que buscam controle de peso, a recomendação é substituir o pão francês por uma opção com mais fibras — como pães integrais de verdade — ou combiná-lo com fontes de proteínas e gorduras boas, como ovos, pasta de abacate ou queijo branco. Essas combinações ajudam a reduzir o impacto glicêmico da refeição.
O pão francês deve ser evitado por pessoas com diabetes, devido ao seu alto índice glicêmico, e também por quem tem sensibilidade ao glúten, já que é feito com farinha de trigo refinada, que contém glúten em sua forma mais concentrada. Já o pão de forma pode não ser indicado para indivíduos sensíveis a aditivos e emulsificantes, pessoas que seguem uma dieta anti-inflamatória e crianças menores de 2 anos — isso porque costuma conter conservantes, açúcar e uma quantidade elevada de sódio.