O que faz um barista? Especialista fala sobre a profissão e mercado de trabalho

A ideia de abrir o café partiu de Joshua, que tinha experiência com serviço de clientes, restaurantes e sempre amou café. Quando chegou ao Brasil ao lado de Luciana Melo, também fundadora da marca, se encantou pelo aroma e sabor de nossos grãos. Já são mais de 20 anos e cafeterias em 5 estados do país. Para o Receitas, Joshua falou sobre a profissão de barista e por sua sede de conhecimento (e de café!). Confira:

O que faz um barista?

Um barista é muito mais do que alguém que prepara café. Ele é o primeiro contato do cliente com o mundo do café especial — é como o “embaixador do sabor” atrás do balcão. É o barista que garante que cada xícara seja extraída com cuidado, que o cliente se sinta bem-vindo e que aquele momento seja especial. Do espresso à arte no leite, do coado ao cold brew… o barista traduz a mágica que acontece do grão até a xícara.

Ser barista une duas paixões: hospitalidade e curiosidade. A vontade de servir bem, de criar momentos, de surpreender com sabores. E também aquela sede de entender tudo: como um grão de uma região específica muda o sabor, como a moagem interfere no resultado, ou como aquela vaporizada faz toda a diferença no cappuccino. Café é vivo, é dinâmico — e isso nunca deixa a gente entediado.

Qual deve ser a formação de um barista? Por onde começar?

Não precisa começar sabendo tudo — ninguém começa sabendo. Mas precisa de uma coisa: paixão. A base de tudo é aprender a extrair bem o café, respeitando os métodos. Seja espresso, V60, Aeropress ou prensa francesa, o primeiro passo é entender como tirar o melhor de cada grão.

Depois vem o leite, a vaporização, a textura, a arte. Mas acima de tudo: treino. Treinar, errar, ajustar, tentar de novo. Ter um mentor ajuda muito, fazer cursos encurta o caminho, e ter curiosidade é o que mantém o motor ligado. Café não tem linha de chegada — sempre tem algo novo pra aprender.

Há mercado para novos baristas no Brasil?

Sem dúvida! O mercado está em crescimento, e o consumidor brasileiro está cada vez mais interessado em qualidade. Isso abre espaço para profissionais que se dedicam, estudam e vivem o café. No Café Cultura, por exemplo, estamos sempre em busca de baristas apaixonados, que queiram crescer com a gente e fazer parte de um time que valoriza tanto o café quanto o atendimento.