Oriunda do sudoeste indiano, especificamente da região de Kerala, na Índia, a especiaria é usada desde os tempos de Egípcios, Assírios e Babilônios. Em época greco-romana e por toda a Idade Média, o tempero era considerado um verdadeiro bem de luxo, muito apreciado pela aristocracia.
A especiaria deixou de ser escassa na época das grandes navegações quando a produção mundial aumentou ao mesmo tempo que portugueses, britânicos e holandeses começaram a importar maiores quantidades para a Europa.
A pimenta-do-reino viveu uma fase de estagnação ao longo do século XIX quando a nova cozinha francesa deixou de lado a especiaria étnica para valorizar ingredientes locais. Quando esse movimento, que influenciou toda as cozinhas europeias, foi revertido, a especiaria viveu uma nova fase de expansão que continua até hoje.
Ao lado de Índia, Indonésia, Vietnã e Malásia, o Brasil é atualmente um dos principais países produtores. O cultivo acontece principalmente nos estados do Pará, Espírito Santo e Bahia.
Como sabemos desde a Antiguidade, a especiaria é um excelente tempero para dar mais perfume e sabor aos pratos. O uso dela é inclusive um dos truques usados pelos chefs para dar mais sabor, usando menos sal.
A pimenta-do-reino pode ser verde, preta, branca e rosa, sendo que cada uma dela tem um uso culinário diferente. Entenda:
Pimenta-do-reino verde
Apesar da coloração que aparentemente indicaria que o fruto é ainda verde, o grão é na verdade maturo. Tem sabor mais suave e menos ardente em relação aos outros tipos e por isso é indicada para peixes, aves e carnes vermelhas mais delicadas, como por exemplo, o clássico filé mignon ao poivre vert (pimenta verde).
Pimenta-do-reino preta
Depois de seca, a pimenta-do-reino verde ganha uma coloração escura e enrugada. Esta pimenta tem sabor mais marcante e por isso deve ser usada em carnes e preparações de sabores mais intensos. Na dúvida, use com parcimônia.
Pimenta-do-reino branca
Essa versão apresenta essa cor clara porque a casca é retirada. A diferença com a preta é que pode ser usada em carnes brancas, molhos brancos, peixes e frutos do mar, já que por uma questão estética não aparece.