Mouhamed Harfouch conta que começou a cozinhar após ser pai: ‘Vontade de fazer da refeição um momento especial’

“Eu sempre me achei uma negação para cozinha. Nunca quis encarar essa aventura e nem tinha pensado nisso. […] Com a chegada dos filhos, quando eles foram crescendo, me veio aquela vontade de fazer da refeição um momento especial. Acho que o sabor, a culinária, a gastronomia, aquele momento em família, é o que vai ficar para a vida deles”, afirma.

A primeira aventura foi churrasco. Depois, Harfouch passou para massa, e aproveitou para levar as crianças para a cozinha.

“Comecei a gostar da brincadeira, corri para a internet para buscar receitas, e lembro que as primeiras vezes que fiz a massa da pizza foi uma bagunça… era farinha para todo lado, as crianças praticamente imundas de ovo e massa, mas aquilo foi muito divertido e especial. Cozinha está ligada a afeto e foi a maneira que encontrei para estar bem próximo a eles.”

Para que os filhos comam de tudo, Harfouch revela que passou a comer até alguns alimentos que não tinha tanta afinidade, para conseguir dar o exemplo para as crianças.

“Criança come pelo exemplo. Se você quer que eles comam, não imponha. O exemplo que a gente dá acaba sendo transferido de forma mais harmoniosa. O hábito de comer salada, legumes, verduras por exemplo, foi adquirido por eles porque a gente lá em casa pratica isso”, afirma.

E ele completa: “Vou contar um segredo: eu não gostava de cogumelo. Aliás, não gosto muito. Mas, para não dar o exemplo de que não me aventuro, que não experimento, eu passei a comer isso. […] Para que a Ana Flor pegasse o hábito também, porque ela sempre foi mais receosa para provar alguma novidade. Vamos combinar que na vida o que vale é você se aventurar e provar, são tantos países diferentes, culturas, e você se privar de experimentar uma iguaria é uma bola fora”.